quinta-feira, 16 de maio de 2013

Os Beneficios da Shantala


A Shantala é uma prática milenar indiana, e esta tradicional arte de massagem em bebês foi descrita na década de 70 pelo médico francês Dr. Frédérick Leboyer. Ele descreveu e ilustrou a sequência completa desta prática, empregada por uma jovem mãe, chamada Shantala, que massageava tranquilamente o seu bebê, numa rua da Índia. A Shantala é uma massagem passada e ensinada oralmente de mãe para filha, sendo que essa prática encantadora faz naturalmente parte da rotina do indiano. Geralmente é indicada a partir de um mês de vida do bebê, mas pode ser iniciada em qualquer idade.

Sabemos que o momento do nascimento é acompanhado de acontecimentos críticos para o bebê, e nesta transição, com o corte do cordão umbilical, quebra-se sua “linha vital”, que o separava da única fonte de bem-estar físico e emocional que até então conhecia, e ele começa então uma nova e grandiosa aventura. O bebê chega a este mundo de sensações desconhecidas que o aterrorizam (fome, dor, isolamento, abstinência, entre outras), e para amenizar esses efeitos, ele precisa somente do contato materno que estimula o vínculo afetivo e o faz sentir seguro. É necessário levá-lo novamente às sensações que vivenciava no ventre materno, (a Shantala realiza esta interação) onde tinha as experiências cutâneas, de ser tocado pelas estruturas da mãe que o acolhiam e acarinhavam, tudo era movimento, a vida o embalava e envolvia em ondas, cantinho tão seguro e tão protegido de onde ele contemplava o mundo.

Benefícios da Shantala

A massagem é considerada o alimento da pele, através dos movimentos da massagem ele descobrirá o espaço que seu corpo ocupa, seu tamanho, força, flexibilidade, e ganhará consciência do mesmo (pernas, mãos, pés, etc). Ele dormirá melhor, já que o hormônio do prazer (melatonina) tem sua liberação induzida pelo toque da pele, o bebê chora menos, fica menos irrequieto e barulhento. A massagem também estimula o peristaltismo, isto é
importante para minimizar os desconfortos abdominais, contribui para a diminuição das cólicas dos bebês nos primeiros meses de vida. Estimula e ativa a circulação sanguínea e linfática, ou seja, atua como apoio ao sistema imunológico (sistema de defesa do organismo), leva a crianças menos doentes.

Estimula sua capacidade motora, o ganho de peso adequado, seu crescimento e seu relaxamento muscular, tornando as crianças tranquilas. A estimulação materna propulsiona a mielinização (mielina é a substância lipídica que envolve o axônio dos neurônios), ou seja, promove o desenvolvimento intelectual da criança. Este contato com a mãe, o olhar, seu sorriso, seu cheiro, o som da sua voz proporcionam uma estimulação proprioceptiva-vestibular completa, o bebê se sente equilibrado, seguro, amado... impulsionando o bebê para o mundo e para descobrir a experiência completa de quem ele é, estimulando o sentimento de auto merecimento e autoestima tão almejado e procurado quando adulto.

Ser vencedor e convicto da sua ver­dadeira existência.

Aprenda Shantala e manifeste o seu amor em forma de TOQUE. 


Sobre a Autora

Maria Soledad Pérez Pacheco, apelidada carinhosamente de Marisol, é chilena, enfermeira, cursou universidade na região mais Austral do mundo, que é Punta Arenas no Chile. Lugar extremamente frio, onde no inverno o sol aparece às 09h00 e se esconde às 16h00. No verão é festa, sobretudo para a criançada! Os dias parecem intermináveis, pois as noites duram só 4 ou 5 horas. Às 22h30 é possível ler o jornal à luz do dia, quer dizer da noite. Para as mães sempre será um desafio convencer os filhos que mesmo sendo 22h00, estando claro, eles têm que ir para a cama.


No Brasil é enfermeira há 30 anos, sempre atuando na área da saúde, desempenhando e desenvolvendo a prática em São Paulo, coordenando departamentos nas diferentes especialidades médicas e nos pronto atendimentos, intra e extra-hospitalar, assistindo às mazelas da nossa sociedade, sentindo as necessidades das famílias que ali adoecem junto ao paciente.

Aqui na Prefeitura de Itupeva, trabalhou como enfermeira no programa Primeiríssima Infância da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.


Em suas palavras
 
“Sempre percebi o quanto o ser humano é necessitado e carente de estado de saúde corporal e emocional, o quanto nós anulamos e vivemos a vida do outro. Somos capazes de desenvolver condições intelectuais fabulosas, mas o mesmo indivíduo pode ser emocionalmente carente e com sentimentos ainda infantis, o que geralmente enfraquece seu bem estar físico.”

“Decidi me engajar numa empreitada em que a finalidade maior é introduzir desde bebê o dever de viver a nossa própria vida, que nunca o amor ao outro seja maior que o amor
próprio. Não significando se colocar em 1º lugar de comparação, e sim colocando-se no seu justo lugar, aquele que você veio nessa vida. Baseando-me nesses valores é que aposto minhas cartas e me lanço a treinar o máximo de mamães, para terem filhos com o sentimento de merecimento, autoestima elevada, autodomínio interno das emoções, entrando em harmonia de pensamentos, e que haja sintonia emocional coletiva onde o amor seja um projeto de vida.”  


Marisol Pérez

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