Caro leitor investidor, na coluna desta semana falaremos de um tema mais complexo, mas vamos tentar trazê-lo para a conversa do dia a dia. Você sabe o que é um fundo imobiliário? É um produto de investimento recém- lançado no mercado financeiro, que vem chamando a atenção de pequenos e médios investidores. Vamos abordar alguns conceitos básicos nesta coluna.
Os fundos imobiliários são fundos fechados formados por grupos de investidores com oobjetivo de aplicar recursos, solidariamente, em todo o tipo de negócio imobiliário. Imagine agora que você investidor possui um recurso disponível e gostaria de aproveitar a valorização do setor imobiliário, porém não tem recurso suficiente para comprar uma casa e colocá-la para alugar recebendo a renda de aluguel. Um investimento deste porte em nossa região exige um valor inicial de no mínimo R$ 150.000,00 que gerará um aluguel em torno de R$ 700,00 a R$ 1.000 por mês dependendo da localidade, sem contar as despesas de manutenção do imóvel.
Neste momento o fundo imobiliário se torna uma boa opção de investimento, pois aceita valores mais baixos de aplicação inicial. Alguns fundos iniciam sua oferta em torno de R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 ou R$ 20.000,00, dependendo da estrutura ofertada. Mas o que o fundo faz com este recurso? Como rentabiliza o dinheiro investido?
Existem alguns tipos de fundos que você pode escolher, vou exemplificar três tipos inicialmente.
O primeiro tipo é o fundo de incorporação imobiliária. Este fundo busca a aquisição de terrenos onde será construído um empreendimento e este empreendimento é mantido em nome do fundo até sua venda, de forma a captar a totalidade da valorização do projeto investido.
O segundo tipo é o fundo renda imobiliária, fundo que investe os recursos na aquisição de imóveis preferencialmente prontos e locados, com o objetivo de gerar renda aos cotistas por meio da receita de aluguel (estamos falando aqui sempre de grandes empreendimentos).
O terceiro caso é o fundo de ativos imobiliário que investe o recurso na aquisição de ativos financeiros com natureza imobiliária como, por exemplo, LHs (letras hipotecárias).
Para os três exemplos citados acima, o investidor pessoa física tem alguns benefício como isenção de Imposto de Renda, irá investir em imóveis antes exclusivos para grandes investidores e terá uma gestão profissional especializada sem contar a rentabilidade. São ótimos benefícios, mas é preciso que você entenda bem as características e riscos do produto.
As cotas destes fundos são negociadas exclusivamente na bolsa de valores, apesar de não ter nada a ver com investimento em ações. Estas cotas tem baixo índice de liquidez, ou seja, se o investidor adquirir cotas de um fundo imobiliário hoje e precisar vendê-las amanhã, não necessariamente terá um comprador. E o banco que intermediou a venda não recomprará estas cotas como acontece em fundos tradicionais. Por isso estes fundos são indicados para investimentos de longo prazo.
Portanto se pensar em adquirir cotas de fundo imobiliário avalie bem à instituição que o administra e também procure analisar os imóveis que constituem a carteira do fundo. Busque fundo que adquiriram imóveis locados para grandes corporações, como por exemplo, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Vale do Rio Doce etc., pois isto também é uma garantia contra possibilidade de inadimplência dentro do fundo. Em caso de prejuízo no fundo por conta de inadimplência, despesas extraordinárias com imóveis, sinistros, desapropriação etc. o investidor terá que aportar mais dinheiro para cobri-lo caso o fundo não suporte estas despesas. Portanto fique atento.
Por fim, antes de fazer qualquer aplicação o investidor deve sempre pensar no prazo que o dinheiro ficará aplicado, montante investido e principalmente se a disposição para arriscar parte do seu capital em troca de rentabilidade.
Se você investidor aceitar todas estas questões no seu perfil de risco, escolha um fundo e vá em frente, pois será um ótimo investimento.
Fernando Zaniratto
Economista formado pela PUC São Paulo e Especialista em Mercado Financeiro pela Universidade Mackenzie atua como Compliance Officer da Itaú Asset Management.
Os fundos imobiliários são fundos fechados formados por grupos de investidores com oobjetivo de aplicar recursos, solidariamente, em todo o tipo de negócio imobiliário. Imagine agora que você investidor possui um recurso disponível e gostaria de aproveitar a valorização do setor imobiliário, porém não tem recurso suficiente para comprar uma casa e colocá-la para alugar recebendo a renda de aluguel. Um investimento deste porte em nossa região exige um valor inicial de no mínimo R$ 150.000,00 que gerará um aluguel em torno de R$ 700,00 a R$ 1.000 por mês dependendo da localidade, sem contar as despesas de manutenção do imóvel. Neste momento o fundo imobiliário se torna uma boa opção de investimento, pois aceita valores mais baixos de aplicação inicial. Alguns fundos iniciam sua oferta em torno de R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 ou R$ 20.000,00, dependendo da estrutura ofertada. Mas o que o fundo faz com este recurso? Como rentabiliza o dinheiro investido?
Existem alguns tipos de fundos que você pode escolher, vou exemplificar três tipos inicialmente.
O primeiro tipo é o fundo de incorporação imobiliária. Este fundo busca a aquisição de terrenos onde será construído um empreendimento e este empreendimento é mantido em nome do fundo até sua venda, de forma a captar a totalidade da valorização do projeto investido.
O segundo tipo é o fundo renda imobiliária, fundo que investe os recursos na aquisição de imóveis preferencialmente prontos e locados, com o objetivo de gerar renda aos cotistas por meio da receita de aluguel (estamos falando aqui sempre de grandes empreendimentos).
O terceiro caso é o fundo de ativos imobiliário que investe o recurso na aquisição de ativos financeiros com natureza imobiliária como, por exemplo, LHs (letras hipotecárias).
Para os três exemplos citados acima, o investidor pessoa física tem alguns benefício como isenção de Imposto de Renda, irá investir em imóveis antes exclusivos para grandes investidores e terá uma gestão profissional especializada sem contar a rentabilidade. São ótimos benefícios, mas é preciso que você entenda bem as características e riscos do produto.
As cotas destes fundos são negociadas exclusivamente na bolsa de valores, apesar de não ter nada a ver com investimento em ações. Estas cotas tem baixo índice de liquidez, ou seja, se o investidor adquirir cotas de um fundo imobiliário hoje e precisar vendê-las amanhã, não necessariamente terá um comprador. E o banco que intermediou a venda não recomprará estas cotas como acontece em fundos tradicionais. Por isso estes fundos são indicados para investimentos de longo prazo.
Portanto se pensar em adquirir cotas de fundo imobiliário avalie bem à instituição que o administra e também procure analisar os imóveis que constituem a carteira do fundo. Busque fundo que adquiriram imóveis locados para grandes corporações, como por exemplo, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Vale do Rio Doce etc., pois isto também é uma garantia contra possibilidade de inadimplência dentro do fundo. Em caso de prejuízo no fundo por conta de inadimplência, despesas extraordinárias com imóveis, sinistros, desapropriação etc. o investidor terá que aportar mais dinheiro para cobri-lo caso o fundo não suporte estas despesas. Portanto fique atento.
Por fim, antes de fazer qualquer aplicação o investidor deve sempre pensar no prazo que o dinheiro ficará aplicado, montante investido e principalmente se a disposição para arriscar parte do seu capital em troca de rentabilidade.
Se você investidor aceitar todas estas questões no seu perfil de risco, escolha um fundo e vá em frente, pois será um ótimo investimento.
Fernando Zaniratto
Economista formado pela PUC São Paulo e Especialista em Mercado Financeiro pela Universidade Mackenzie atua como Compliance Officer da Itaú Asset Management.
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