quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entrevista Única: Clarissa Corrêa




Olá Únicas!

Essa semana teremos uma participação especial na matéria. Como uma grande admiradora da escritora Clarissa Corrêa, fui atrás para conseguir uma entrevista única com ela. Por sorte ela foi super simpática, e muito atenciosa, não me admira por ter todo esse reconhecimento. É uma pessoa de fibra e simples.

Desde que descobri sobre Clarissa Corrêa sempre leio os textos dela no site. É uma excelente escritora e já tem três livros publicados.


No site onde ela posta seus textos, Clarissa Corrêa faz um excelente trabalho, tem uma coluna em um site de revista, que por sinal faz muito sucesso. Na entrevista feita, Clarissa nos conta um pouco da sua carreira de escritora e sua trajetória até chegar onde chegou.

Pricila: Você se descreveria como?

Clarissa: Sou geniosa e tenho um coração mais mole que gelatina.

Pricila: Quantos livros você já escreveu?

Clarissa: Três: Um Pouco do Resto, O amor é poá e Para todos os amores errados. O quarto deve sair ainda este ano.

Pricila: Quanto tempo levou pra lançar seu primeiro livro?

Clarissa: Alguns anos. Esse mercado é difícil, eu queria que uma editora quisesse me publicar. Não tenho nada contra quem paga para ser publicado, mas eu queria que fosse por mérito, talento ou algo parecido. Foi difícil, levei várias portas na cara, mas uma hora consegui entrar.

Priscila: Com quantos anos começou a descobrir que gostava de escrever?

Clarissa: Quando era pequena escrevia cartões e cartas para meus familiares. Ficava ao lado, esperando eles lerem, esperando rolar uma lágrima. Depois que cresci descobri que sempre gostei de causar emoção nas pessoas através das palavras. Descobri que gostava de escrever muito nova. Mas só fui ter um blog, ou seja, mostrar para pessoas fora da minha família o que eu escrevia em 2005.

Priscila: Você acha inspiração onde para escrever?

Clarissa: Escrever não é inspiração. Quem escreve só quando está inspirado não é escritor, escreve por hobby. Escrever é disciplina, é lutar com os próprios demônios, com a página em branco, com a vida do avesso. Qualquer assunto gera assunto. O amor, pra mim, é um belo assunto, assim como os relacionamentos e questionamentos humanos.

Priscila: Você escreve melhor, com música, silêncio, dias de chuva, barulho?

Clarissa: Não tenho muito disso. Mas prefiro prender o cabelo pra escrever, é uma mania boba. Gosto de música, silêncio, dia bonito e feio. Só não gosto de escrever com gente falando ao meu lado, senão me desconcentro.

Priscila: Você, Clarissa, se considera uma boa escritora?

Clarissa: Eu tenho que acreditar em mim para os outros acreditarem, né? Acho que ainda tenho muito o que aprender.

Priscila: Conta pra gente, como começou sua carreira de escritora?

Clarissa: Então, em 2005 fiz um blog para compartilhar o que escrevia. Não imaginei que alguém fosse querer ler. Mas comecei a ter leitores, página no Orkut, essas coisas. E o negócio começou a fluir. Escrevi para alguns sites, jornais, revistas. Escrevi alguns artigos e matérias legais. As pessoas pediam um livro, eu tinha reunido o material do original, coloquei embaixo do braço e fui procurar editoras. Sem sucesso, é claro. Mas não desisti. Foi difícil, foi complicado, mas eu sabia que uma hora ia dar certo. Eu não tenho parente famoso, nem sou bilionária. Fiz tudo sozinha. Em 2010, publiquei meu primeiro livro, que vendeu bastante. Em 2011, o segundo, que também vendeu muito. Ambos estão esgotados. Então, escrevi um texto sobre uma participante do Big Brother, a Maria. Este texto chegou até as mãos do Pedro Bial, que leu um trecho ao vivo no programa. Isso deu um Up na minha carreira. E o mais interessante foi que este texto circulou muito, muito mesmo. O Bial não falou meu nome ao vivo, mas as pessoas descobriram que era meu, pois procuraram no Google. Depois, no Twitter, ele me deu os créditos do texto. Em 2012, publiquei meu segundo livro. O Bial escreveu o prefácio, o livro foi lançado em abril e em dezembro já estava na segunda edição. Agora, em 2013, deve sair o quarto livro.



Priscila: Quando você escreve algo, tem a ver com você, ou a maioria das coisas escritas são só imaginação?

Clarissa: Eu sempre disse que escrevo na primeira pessoa porque isso gera uma identificação imediata e muito maior do leitor. É o meu estilo de escrever, meu jeito. Mas isso não quer dizer que eu falo de mim ou que faço da minha vida um diário. Muito pelo contrário. É interessante, pois quem me conhece sabe exatamente quando um texto é “verdade” ou não. Na verdade, o que importa é causar emoção, não importa se é inventado ou real. Mas posso te dizer que a maioria dos textos não têm a ver com minha vida real.

Priscila: Sua carreira profissional já atrapalhou a sua vida pessoal?

Clarissa: Já. Meu marido, quando ainda era namorado, já me disse ei, este texto foi para outro cara? E eu tive que explicar que não, que eu não escrevi pra outro cara, quem escreveu foi a escritora. Minha mãe também já veio me questionar algumas coisas. Alguns amigos. E outras pessoas. Mas hoje em dia eles já sabem e entendem que eu sou uma coisa, meus textos, meu site e meus livros são outra.


 
 Por: Priscila Ramos

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